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Pelotas - RS
Banco de lenços
O IBA possui um banco de lenços para doar às mulheres com Câncer de Mama.
A psicóloga Vivianne Almeida fala sobre a importância da informação para auxiliar em todos os momentos do tratamento, inclusive sobre os efeitos colaterais:
"Temos hoje um cenário cultural onde a aparência corporal é símbolo da beleza, da fertilidade, da feminilidade. Por isso, quando o paciente está satisfeito com a autoimagem, há um impacto direto na tolerância e, quem sabe, até no resultado do tratamento. É direito e dever dos pacientes receberem as informações adequadas sobre o tratamento oncológico pela equipe de saúde de referência, bem como os possíveis efeitos colaterais do tratamento. Essas informações estão diretamente envolvidas com os aspectos psicológicos, que podem ser trabalhados de forma precoce pelos psicólogos como forma de prevenção do processo de transformação física, reforçando a autoestima e trazendo claros benefícios ao tratamento. O trabalho em equipes multiprofissionais da área da saúde e estética são de grandes benefícios na autoestima dos pacientes. Qualquer medida para valorização da estética deve ser entendida como uma questão de autocuidado. Pesquisas demonstram que pacientes com autoestima mais elevada possuem taxas de aderência mais altas ao tratamento, ou seja, envolvem-se mais, além de se sentirem mais seguros e tranquilos. Todas essas características trazem impactos significativos ao tratamento. O acompanhamento psicológico no suporte à autoestima das mulheres, abre um leque de possibilidades, dentre elas a identificação de recursos internos de autoaceitação e confiança. Atividades de autocuidado, principalmente com auxilio profissional, resultam em melhora positiva até mesmo de quadros depressivos, que muitas vezes estão relacionados com a sensação de dor e desconforto físico. A valorização da autoestima em seus diversos aspectos, fortalece a qualidade de vida."
No projeto Laços da Mama também encontramos situações relacionadas a esse momento:
"Quando eu fiquei careca, o carinho, o amor... elas passavam a mão na minha cabeça com carinho, eu tenho fotos disso, beijavam a minha careca. A pequena de 6 anos contou na escolinha: "A minha avó tá com dodói! A minha avó tá fazendo um tratamento! A minha vó perdeu o cabelo", contava tudo. As professoras, quando me encontravam, me falavam. Eu nunca tive problemas por estar careca. Dentro de casa não usava lenço, não escondia... eu só usava o lenço quando ia fazer o tratamento, a quimio ou alguma coisa por causa das pessoas em si, não por minha causa. Dizer "tô com vergonha de ficar careca", não! Mas as pessoas te olham de outra maneira: “Ai! Coitada! Olha ali! Ela tá com câncer! Ela perdeu o cabelo!". Aí querem saber o que houve e te perguntam. Por isso é que eu usava o lenço, mas no momento em que eu parei com a quimio já comecei a andar sem normalmente, o cabelinho estava crescendo e eu já comecei a não usar mais nada. Nunca usei peruca! Era lenço no verão e no inverno usei touca. Adorava! Botava uma toquinha e saia, nunca escondendo... “tu não esconde de ti, tu esconde dos outros. Os outros te olham de outra maneira...". Hoje eu falo abertamente, tenho fotos no face careca. Fiz umas fotos com uma moça que me convidou, junto com outra moça lá do IBA, e eu fiz, tranquila, carequinha, sem nada. As fotos ficaram muito bonitas e tudo isso eu guardo." (Clair, Laços da Mama)
"Quando eu tirei o cabelo, eu tinha que raspar, as mechas estavam caindo... Eu tinha medo da reação do Ryan, que ele fosse ficar com medo por ser autista. Aí eu entrei no carro sem cabelo e ele me abraçou, me beijou e começou a beijar a minha careca. Foi uma coisa normal e ele achou lindo e se deslumbrou com a novidade." (Rosinha, Laços da Mama)
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